sábado, 31 de dezembro de 2011

NOTA À SOCIEDADE

Considerando as recentes notícias veiculadas na imprensa local e nacional acerca da suposta existência de atividade ilegal no recolhimento de corpos por parte da Polícia Civil de Pernambuco na área da 18ª DELEGACIA SECCIONAL – GARANHUNS (18ªDESEC), vimos através desta, apresentar esclarecimentos à sociedade sobre o fato em comento.

Preliminarmente, imperioso anotar que a responsabilidade pelo recolhimento de cadáveres vítimas de mortes violentas é inerente ao Estado, por meio de seu órgão com atribuições legais, qual seja, o Instituto Médico Legal, o qual possui sedes em Recife, Caruaru, Salgueiro e Petrolina, devidamente equipados com veículos especiais para a realização de tal mister.

Assim, tendo em vista a inexistência de IML na sede da 18ª DESEC de Garanhuns, a qual responde por 20 (vinte) cidades e 21 (vinte e uma) Circunscrições Policiais, aliado à inviabilidade operacional por parte do IML mais próximo, qual seja, IML – Caruaru, para o recolhimento dos corpos e a necessidade de prestação do serviço público, pautado em princípios legais como a continuidade do serviço público e constitucional da dignidade humana, tal serviço é realizado por empresas funerárias da região, as quais, vale anotar, não possuem qualquer tipo de vínculo com a Secretaria de Defesa Social, Polícia Civil ou mesmo com esta 18ª DESEC.

Esclarecemos que o procedimento para recolhimento dos cadáveres, o qual se repita, não se inclui entre as atribuições da Polícia Civil e são realizados para que a sociedade não fique desamparada, fica primeiramente a cargo da família da vítima fatal, a qual tem a incumbência de convocar a empresa funerária de sua preferência. Somente em casos em que a vítima não seja identificada ou mesmo quando a família declara não ter meios para a aquisição do serviço funerário e consequente recolhimento do corpo, é que a Polícia Civil aciona a funerária que possua convênio com a Prefeitura do local do fato para a realização do serviço.

Impende anotar que este serviço assumido pelas Prefeituras da região assume caráter social, e visa o amparo da população carente da região.

Em tempo, informamos que serão provocados aos órgãos competentes para adoção de medidas visando corrigir tal lacuna no serviço público, precisamente a inexistência de IML que atenda os casos desta região, tais como a Secretaria de Defesa Social, o Ministério Público, a Defensoria Pública e os Municípios abrangidos pela 18ª DESEC, e desincumbir a Polícia Civil de tal encargo, que se repita, não está dentre suas atribuições constitucionais e legais.

Com efeito, a falta do serviço oficial de coleta de corpos prejudica de forma direta a sociedade, a qual tem o DIREITO de ter tal serviço prestado pelo Estado, e este, consequentemente, o DEVER de efetivar este serviço público por intermédio do IML, órgão competente e especializado.

Outrossim, vimos repudiar a forma como alguns meios de comunicação vêm abordando a situação, explorando de forma inconsequente, irresponsável, genérica e midiática, fatos que sequer têm comprovação e que foram apresentados de forma anônima, prática que vem maculando a imagem, não só da instituição Polícia Civil, como também de todos os homens e mulheres que compõem o quadro de policiais desta 18ª DESEC. Assim, a forma como a notícia vem sendo apresentada pela imprensa tem provocado um verdadeiro “apedrejamento” moral dos policiais, e de forma reflexa de seus familiares.

Salientando-se, por fim, que mesmo se tratando de uma denúncia anônima, a DECASP – Delegacia de Polícia de Crimes contra a Administração e Serviços Públicos, a Corregedoria da Secretaria de Defesa Social, bem como o Ministério Público estão apurando o caso, deste modo, estamos certos que se existirem culpados, estes serão exemplarmente punidos.


Diante de tais esclarecimentos, tendo em vista a liberdade de pensamento e imprensa, direitos assegurados constitucionalmente, conclamamos a imprensa que aborde de forma responsável, justa e imparcial os fato em comento.


Em tempo, convocamos à sociedade a cobrar do Estado a implantação de um IML nesta cidade, com a efetivação do serviço público faltante.

Garanhuns, 28 de dezembro de 2011.
Policiais Civis da 18ª DESEC

DELEGADO DESEJA IMPLANTAR ESCALA DE SERVIÇO DE 24X48


O companheiro Edson Jânio, imbuído do sentimento de justa indignação, lançou, ontem, dia 28/12/2011, um pedido de orientação dentro da Comunidade da PCPE, no Orkut, dizendo, o seguinte: “Devido à falta de efetivo na Delegacia onde trabalho os policiais plantonistas terão que cumprir uma jornada de 24X48 a partir de 1.º de janeiro. Até que ponto isso é legal? A Delegacia Regional afirma que não é problema dela”.

Dissemos a Jânio que nosso Movimento não poderia ficar inerte em face de mais essa arbitrariedade, a exemplo do SINPOL, que cala, ensurdece e se auto-acomete de incurável cegueira de nascença quando se trata de intervir em favor do policial que teve seu Direito espoliado por algum devaneio de um Delegado ou por qualquer outro ato juridicamente insuportável de representantes da Administração Direta do Estado. 

Esclarecemos a ele que os atos da Administração são atacados à medida que seus efeitos começam a gerar suas conseqüências concretas no plano legal, pelo fato de decorrerem das respectivas portarias instituidoras, atos normativos, decretos ou leis regulares, que os estribaram, sob pena de se demandar juridicamente em carência de ação, sem falarmos em serem simples especulações, portanto, sem respaldo jurídico algum, a questão da matizada redução do regime de folgas.  

Falamos ainda da existência de uma limitação legal ao direito de agir do MIPC-PE, fato que impossibilita nossa Associação de atuar institucionalmente como se fosse sindicato, mesmo quando imbuída do sentimento de tutelar direitos coletivos para além do próprio universo, pelo fato de existir, pelo menos no plano fenomênico, e unicamente formal, um órgão classista da categoria, neste caso, o SINPOL. 

Argumentamos que as demandas eficazes para remediarem arbitrariedades como a que foi denunciada são de espeque mandamental e se necessário fosse, seguramente postularíamos em juízo, entretanto, os resultados ficariam legalmente restritos aos nossos associados, pelo fato da reserva legal, para uma demanda coletiva, como se quer, ser do SINPOL, infelizmente.

Denúncias como essa demonstram que não possuímos um dirigente sindical confiável e que ele está aquém das exigências que qualificam o homem para liderar um sindicato de polícia. O presidente do SINPOL desqualifica e desnatura as ações sindicais de nosso sindicato. Não permitamos que isso aconteça, sob pena de perdermos definitivamente nossa identidade e nossa dignidade.

Emmanuel Egberto de Araujo Filho

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

APROVADOS NO CONCURSO DA POLÍCIA CIVIL REALIZAM AÇÃO SOCIAL

No sábado, dia 17 de dezembro, os reservas aprovados no concurso da Polícia Civil de Pernambuco de 2006, juntamente com ÁUREO CISNEIROS E O MOVIMENTO PELA MUDANÇA, realizaram uma manhã recreativa com as crianças e adolescentes do Peti Morro da Conceição. A festa aconteceu na sede da Galeria do Ritmo a partir das 10h da manhã.

O Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) tem como objetivo tirar crianças e adolescentes de baixa renda e que estão em situação de vulnerabilidade das ruas. São 85 jovens atendidos no horário em que não estão na escola, sendo uma turma pela manhã e outra pela tarde, lá elas podem brincar; ter aulas de reforço, de leitura e de informática; aprendem sobre seus direitos e cidadania; têm oficina de arte, música, dança e artesanato; e recebem instruções sobre o risco das drogas.

Esse é o segundo ano consecutivo que os aprovados do concurso da PCPE realizam uma ação social, ano passado eles ajudaram o Projeto Sara Vida, que é destinado à recuperação de pessoas viciados em drogas. Esse ano a escolha foi o Peti por também ser uma organização não governamental (ONG) que trabalha com jovens em situação de risco. “A intensão é mostrar para a sociedade o lado humano do policial e dos futuros policiais de Pernambuco, que somos nós, temos o desejo de entrar na corporação e ajudar no combate crime e ao mesmo tempo fazer com que a sociedade nos veja como um amigo dela, pessoas que querem contribuir com o bem estar do nosso Estado que é tão violento”, afirma Juciana Lima, uma das coordenadoras do evento.

Atualmente a Polícia Civil de Pernambuco trabalha com menos de 60% do efetivo necessário, isso representa um déficit de aproximadamente 4.500 policiais. Existem aproximadamente 1.300 reservas para o cargo de agente e 640 para o cargo de escrivão aptos a assumirem a função policial já que passaram em todos os testes (físico, psicológico, investigação social e digitação) faltando apenas realizarem o curso de formação e posteriormente a nomeação. De 2008 a 2011 o governo contratou 2.225 novos PC’s, mas durante esse mesmo período 1.610 já saíram por demissões, exonerações, falecimentos ou aposentadorias.

Durante o evento serão distribuídos presentes e cestas básicas, já que a maioria só se alimenta com o que recebem durante o horário que estão na creche. Para a ONG será doada uma geladeira, um gelágua e dois ventiladores. Os aprovados também distribuirão roupas, sapatos e produtos de higiene e limpeza.

POLÍCIA CIVIL DE PERNAMBUCO = PIOR SALÁRIO DA SEGURANÇA PÚBLICA


Em 2014 o Agente Penitenciário (final de carreira) receberá R$ 6.020,28. A Associação Movimento Independente dos Policiais Civis parabeniza a Associação dos Servidores do Sistema Penitenciário de Pernambuco na luta por melhores salários e condições de trabalho, logrando êxito na batalha.

Atualmente, por falta de representatividade do SINGOV nós teremos que pedir isonomia salarial com os Agentes Penitenciários que antes buscavam conquistar esta meta.

Não poderíamos deixar de lembrar a célebre frase que os dirigentes do SINGOV gostam de divulgar “o PCCV é um sonho”. Na realidade, a trupe sonhou muito e não acordou, enquanto os Agentes Penitenciários brigaram até o final do segundo tempo.

Diferenças Salariais do Agente da Polícia Civil e Penitenciário
Diferenças Salariais do Agente da Polícia Civil e Penitenciário
Agente da Polícia Civil
Agente Penitenciário
- Lei Complementar 177/2011
- Lei Complementar 190/2011
Negociação
- Sindicato não trouxe propostas para a categoria, não havendo sequer a apresentação dos valores. Aprovação pelo SINGOV, sem respaldo dos policiais. Término das negociações: JUNHO.
- Associação dos Agentes Penitenciários discutiu amplamente com a categoria, através de assembléias e visitas nas unidades prisionais, inclusive com vitória conquistada judicialmente. Término das negociações: 07 de DEZEMBRO de 2011.
PCCV
- Primeira faixa do enquadramento: I - servidor com até 08 (oito) anos, inclusive: classe I, faixa salarial .d.; Correspondendo ao valor de R$ 1.275,73
Conclusão: Isonomia velada, diferença de R$ 93,26.
- Primeira faixa do enquadramento: I - servidor enquadrado na Classe I, passa a ocupar a Faixa Salarial g, desta mesma classe; Correspondendo ao valor de R$ 1.182,47
- A diferença cai ainda mais quando a progressão é vertical, tendo os penitenciários mais uma vantagem, pois o Civil para atingir o topo precisa de Cursos de Especialização de 360 horas. Valor R$ 1.476,81
Diferença de R$ 81,49.
- Enquanto os Penitenciários necessitam de Cursos de Especialização de 300 horas. Valor R$ 1.395,32
- Segunda faixa do enquadramento: II - servidor com mais de 08 (oito) anos e até 14 (quatorze) anos, inclusive: classe II, faixa salarial .a.; Correspondendo ao valor de R$ 1.353,72
- Segunda faixa do enquadramento: II - servidor enquadrado na Classe II, passa a ocupar a Faixa Salarial f, desta mesma classe;
Correspondendo ao valor de R$ 1.357,76
Diferença de R$ 4,04.
- Classe II: Cursos de Especialização de 360 horas. Valor R$ 1.567,09
- Classe II: Cursos de Especialização de 300 horas. Valor R$ 1.602,16
Diferença de R$ 35,07.
- Terceira faixa do enquadramento: III - servidor com mais de 14(quatorze) anos e até 20 (vinte) anos, inclusive: classe III, faixa salarial .a.; Correspondendo ao valor de R$ 1.502,09
- Terceira faixa do enquadramento: III - servidor enquadrado na Classe - III, passa a ocupar a Faixa Salarial e”, desta mesma classe;
Correspondendo ao valor de R$ 1.559,05
Diferença de R$ 56,96.
- Classe III: Cursos de Especialização de 360 horas. Valor R$ 1.738,85
- Classe III: Cursos de Especialização de 300 horas. Valor R$ 1.839,67
Diferença de R$ 100,82.
- Quarta faixa do enquadramento: IV - servidor com mais de 20 (vinte) anos e até 30 (trinta) anos, inclusive: classe IV, faixa salarial .a.;
Correspondendo ao valor de R$ 1.666,72
- Quarta faixa do enquadramento: IV - servidor enquadrado na Classe IV, passa a ocupar a Faixa Salarial d, desta mesma classe.
Correspondendo ao valor de R$ 1.790,16
Diferença de R$ 123,44
- Classe IV: Cursos de Especialização de 360 horas. Valor R$ 1.929,43
- Classe IV: Cursos de Especialização de 300 horas. Valor R$ 2.112,39
Diferença de R$ 182,96.
No ano de 2014 a diferença é ainda maior, vejamos:
- O Aposentado receberá em 2014 R$ 5582,14
- O Aposentado receberá em 2014 R$ 6020,28
Diferença de R$ 438,14.
Intervalos
MATRIZES de Nível de Formação (com intervalos de 5%)
MATRIZES de Nível de Formação (com intervalos de 6%)
SÉRIES DE CLASSES (com intervalos de 3%)
SÉRIES DE CLASSES (com intervalos de 6%)
FAIXAS SALARIAIS (com intervalos de 1,5%)
FAIXAS SALARIAIS (com intervalos de 2%)
Carga Horária:
- 08 (oito) horas diárias ou 40 (quarenta) horas semanais, ressalvadas as jornadas especiais, em regime de plantão, que observarão a proporcionalidade limite de 1/3.
- 44 horas para quem tira regime de plantão.
- Lei Complementar nº 155/2010 (artigo 19)
- Os servidores que obedecem ao regime de escala deverão cumprir dois ou três serviços, semanalmente, com jornadas de 24h, 12h e 6h, ou 24h e 18h, ou escala equivalente, a ser divulgada pela direção da respectiva unidade.
- 42 horas para quem tira regime de plantão.
- Portaria Conjunta SAD/SERES Nº 148, de 12 de dezembro de 2011
Nomeação de mais servidores
- Nenhum servidor e ainda o SINGOV é neutro em brigar por outra academia.
- ASPEPE vinculou a negociação com a nomeação de 507 servidores e briga por mais contratações.

sábado, 3 de dezembro de 2011

NOTA DE REPÚDIO


Pensaria o governo do Estado com ousadia ou acinte relativamente a uma categoria realmente escudada por retaguarda sindical forte e somente com ela compromissada? É claro que não, mas no caso da Polícia Civil do Estado de Pernambuco a coisa não é bem assim. A nossa representação sindical caminha, come, bebe e dorme miudinho na mão do governador, e ai dela se não caminhar, comer, beber e dormir miudinho!

Nos últimos dias tivemos, em razão do nosso sindicato domesticado e adestrado, que torcer para que não passassem de boatos os alardes de que a programação das nossas férias ficasse suprimida e aquiescente à discricionariedade da Administração.

Ficamos na expectativa de termos tolhida mais essa prerrogativa legal, que, aliás, é personalíssima, porque se dependêssemos de uma manifestação proativa do sindicato ficaríamos à míngua, como vem acontecendo paulatinamente.

É de suma importância denunciar esse comportamento mambembe do sindicato, uma vez que ele vem se eternizando como principal veio de fomento de mal-estar e de insegurança institucional de toda categoria, em detrimento do primaz dever de tutela e zelo.

Com relação às férias, além de outras questões, acredito que não ficaríamos órfãos de representação legitima ou legal, uma vez que esse trabalho se vê atualmente protagonizado pela Associação Movimento Independente dos Policiais Civis do Estado de Pernambuco, que, no momento, se notabiliza por expoente das maiores e mais bem-sucedidas lutas e conquistas encetadas em prol da categoria.

Certamente, por essa independência, determinação, conhecimento, coragem e senso de coletividade cinjo-me à força que o MIPC-PE demonstra ter, pedindo que igualmente o faça os companheiros que aprovam esse pensamento, esse espírito e essa disposição para lutar.

O associado que se sentir prejudicado com a suspensão do gozo das suas férias no mês de Dezembro, em virtude da publicação da Portaria nº 3203/2011-GAB/SDS, de 29 de novembro de 2011 poderá entrar em contato conosco para impetrarmos Mandado de Segurança e Ação de Indenização por danos contra tal ato ilegal e inconstitucional, adotado contra os Policiais Civis que combatem com afinco a criminalidade no nosso Estado, onde as lideranças optaram por adotar um programa com diversas falhas operacionais. O Secretário de Defesa Social será representando por ato de improbidade administrativa.

Aos policiais civis lotados nas Áreas Integradas de Segurança e Territórios que atingiram a média de 12% entre os meses de Janeiro e Outubro de 2011 não terão o seu direito tolhido e poderão gozar as férias de Dezembro, esta regra só vale para os agentes de polícia e cargos correlatos, bem como chefes e coordenadores setoriais. Os institutos de perícias não estão incluídos na referida portaria e seus direitos foram respeitados, com exceção dos seus Gestores.

Áreas que atingiram o percentual de 12%: Apipucos – AIS 5, Olinda – AIS 7, São Lourenço – AIS 9, Santa Cruz do Capibaribe – AIS 17, Arcoverde – AIS 19, Afogados da Ingazeira – AIS 20, Floresta – AIS 22.

Não estamos sós, a luta só começou.

Vamos lutar, porque lutar é preciso.

Emmanuel Egberto

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

DESABAFO


         Aos policiais que iniciaram este movimento, aos nobres colegas que se dedicaram e doaram-se a esta causa e aos policiais civis que exerceram sua cidadania votando nesta Eleição, parabéns. Vocês são guerreiros e nobres representantes desta emérita corporação.

         Restamos cientes do dever cumprido. Conseguimos sacudir os pilares da hegemonia que assola nosso sindicato. Conseguimos demonstrar que somos mais fortes quando unidos em um mesmo propósito. Conseguimos demonstrar que a classe fragmentada em associações beneficia apenas os interesses pessoais de alguns covardes e egoístas.

         Orgulho-me de ter participado deste momento histórico. Como diz o poeta “quem sabe faz à hora, não espera acontecer.” Otimista que sou vislumbro dias melhores para nossa corporação, independente dos resultados desta eleição, mas, convicto que o Movimento fora o precursor da esperança e da mudança.

         Também me entristeço pela falta de respeito com os inativos. Foram manipulados e sacrificados, com o intuito único e exclusivo de manter a hegemonia e curral eleitoral de uma família, tudo isso, lançando mão de um sindicato que pertence a uma categoria.

          Nessa eleição vivenciamos cenas de total desrespeito e falta de humanidade com essas pessoas que doaram suas vidas e sua saúde para PCPE. A título meramente exemplificativo, fora possível vislumbrar um colega de aproximadamente 80 anos, chegar em uma Kombi, de maca, com um tubo no nariz, ser conduzido sacrificadamente para seção do Sinpol, para votar na Chapa 1. Em razão da idade e da debilidade física, mesmo com a mão tremula, cumpriu com seu dever, enquanto eleitor habilitado para o pleito.

          Na mesma medida, entristeço-me com alguns adeptos deste Movimento, bem mais novos e, graças a Deus, com a saúde perfeita, apresentando desculpas esfarrapadas para omitirem-se do seu dever para com nossa corporação. Deixo-os cientes, nobre colegas que vossas omissões podem refletir um resultado indesejado neste pleito. Apoiar é importante, mas, ter coragem para externar e manifestar este apoio era imprescindível.

          Sem mais, aqueles que iniciaram este movimento, aos nobres colegas que se dedicaram e doaram-se a esta causa e aos policiais civis que exerceram sua cidadania votando nesta Eleição, meu simplório agradecimento. Sintam-se também honrados, pois, vocês fizeram história.

                             
               Cordialmente, Antônio Júnior – Agente de Polícia.

sábado, 5 de novembro de 2011

CARTA DO COMPANHEIRO ARTUR!

CARTA

Caros Companheiros,

Estou muito orgulhoso porque vislumbro na Policia Civil de Pernambuco dias melhores. Nossa luta não é fácil. Talvez não sejamos vitoriosos. Vitoriosos na contagem das cédulas. Mas, hoje vou dormir com a certeza que novos dias virão.

Estou um pouco triste por ver que colegas, bons policiais, não entendem o nosso pensamento político/social.  Não estamos pautados em ganhos fictícios, imediatos. Estamos lutando para nossos filhos e meus filhos sempre irão ter orgulho de mim quando assistirem ao vídeo da votação do acordo salarial deste ano (2011).

Estou também, bastante entristecido por ter presenciado o sofrimento de um colega Policial aposentado, que  aguardava  na permanência da Seccional de Garanhuns o horário de abertura da urna para votar. Este colega deve ter no mínimo 85 anos.

Ao chegar à Seccional, percebi aquele Senhor e vendo sua idade avançada tentei agilizar seu atendimento:

            - O Senhor já foi atendido?
            - Estou esperando para votar.

No percurso, da permanecia ao local de votação eu o questionei?

            - O senhor já votou em outras eleições do Sindicato?  
            - Não Senhor.
            - E como foi que o Senhor tomou conhecimento dessa eleição?

Trêmulo, o senhor tirou um pedaço de papel do bolso. Este papel era do sindicato informando da eleição – Eu também sou sindicalizado e não recebi o tal papel.

Ao ver aquele Senhor, senti orgulho da Policia. Na sua inocência cumpria mais uma ordem com eficiência. Ao mesmo tempo fiquei triste por ver que colegas por interesses particulares tiraram do seu descanso aqueles que já doaram a vida a Instituição. Esses aposentados são a nossa história, portanto merecem respeito. 

Eu, Artur  Pedro Barbosa de Souza, matrícula 221.043-6, lotado na 18ª DESEC – Garanhuns, estou muito entristecido com o procedimento do SINPOL, na atual Diretoria. Na Sociologia sindicato é um agrupamento de uma classe para defesa dos seus interesses econômicos e sociais,  O que atualmente não ocorre, pois temos que negociar com o Governo e lutar contra o “sindicato”.

Caros, Áureo, Diego e demais, considero nosso objetivo alcançado,  estamos mostrando que os Policiais Civis de Pernambuco devem obediência as Leis da Terra de Frei Caneca e a soberania do nosso Estado. Nosso Sindicato é livre e sem proprietário.


“Somos o que fazemos,
principalmente, o que fazemos para mudar o que somos”
Eduardo Galeano.

Abraços.