GOVERNO
DO ESTADO DE PERNAMBUCO ATRAVÉS DO CHEFE DE POLÍCIA CIVIL NÃO PARA DE PERSEGUIR
O MOVIMENTO PELA MUDANÇA
Companheiros(as) Policiais
Civis,
Tomamos
conhecimento do envio em 26 de maio de 2014 do OFÍCIO GAB/PCPE nº 1253/2014 à
Corregedoria Geral, no qual o Chefe de Polícia Civil de Pernambuco pede a
instauração de Processo Administrativo Disciplinar em face de ÁUREO CISNEIROS LUNA FILHO E DIVANILDO
GONÇALVES DA SILVA.
A
argumentação é de que os servidores na manifestação realizada no dia 21.05.2014
“incitaram a desordem contra o Chefe de Polícia Civil, com vaias e apupos” e
que estes teriam agido “com conduta inadequada e desrespeitosa contra o Chefe
desta Instituição”. No entanto, em momento algum o Sr. Chefe de Polícia afirma
no referido ofício qual a “desordem” e qual a “anarquia” foram cometidas pelos
Policiais Civis presentes no ato.
O
Movimento Pela Mudança vem a público esclarecer aos policiais civis e à
sociedade pernambucana que em nenhum discursos
proferido houve qualquer agressão ou desrespeito à qualquer pessoa, nem
tampouco à pessoa do Chefe de Polícia Civil.
A
passeata foi um grande sucesso desde a saída da Praça Oswaldo Cruz até o
interior do Palácio do Campo das Princesas, sendo inclusive ovacionada pela
população, que e aplaudia os policiais, que se vestiu de branco no ato de
protesto.
Na
ocasião da passeata, ao passarem na frente do prédio da Diretoria da Polícia
Civil, não houve qualquer palavra de desrespeito e nem qualquer constrangimento
à Chefia de Polícia.
O
único pedido dirigido ao Chefe de Polícia naquele momento foi para que o mesmo
designasse um Delegado Especial para dar andamento ao inquérito criminal contra
a diretoria do SINPOL por fraude ao estatuto.
A
cobrança foi feita demonstrando ao Chefe de Polícia que existia um clamor
social da categoria, ocasião na qual os servidores presentes no ato concordaram
afirmando que queriam agilidade na investigação.
A
parada na frente da Diretoria de Polícia transcorreu sem nenhum incidente, sem
nenhuma palavra agressiva ou vaias contra qualquer autoridade. A única palavra
de ordem entoada pelos manifestantes, de forma espontânea, foi de “queriam 5 mil”, referindo-se à
declaração do Secretario de Defesa Social de que todos os policiais recebiam
tal quantia mensalmente.
Deste modo, o ato público transcorreu dentro do
exercício regular do direito de manifestação e de organização, garantido na
Constituição Federal no art. 5º, incisos, IV, XVI e XVII:
IV
- é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
XVI
- todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público,
independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à
autoridade competente;
XVII
- é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter
paramilitar;
A
atitude do Chefe de Polícia visa intimidar e desestimular os policiais civis a
não buscarem o atendimento às suas reivindicações, tentando perseguir as
lideranças do movimento.
Trata-se
de uma tentativa de criminalizar lideranças da categoria e de um atentando não
somente contra os direitos fundamentais do cidadão, mas também contra o Estado
Democrático de Direito. Esta é uma atitude anti-sindical condenada pela
Organização Internacional do Trabalho - OIT.
Infelizmente
este não é o primeiro e nem será o último ato de perseguição que será feito
Policia Civil. Áureo já foi transferido de Macaparana para Itaíba, o que foi
anulado pelo Poder Judiciário. Da mesma forma, tentaram modificar a escala de
trabalho para que o mesmo ficasse impedido de atuar sindicalmente, o que também
foi anulado pelo Judiciário. Recentemente num PAD foi pedida a demissão de
Áureo Cisneiros por ter comunicado ao Delegado Seccional que num mesmo dia não
existia delegado de plantão em 7 (sete) delegacias. Portanto, o presente PAD a
ser instaurado através do referido ofício é mais uma arbitrariedade, para
tentar calar a voz da categoria.
Seja
com Mandados de Segurança, com representações no Ministério Público ou com
manifestações democráticas iremos combater cotidianamente as arbitrariedades
cometidas por qualquer um gestor de plantão contra qualquer Policial Civil.
Não
poderá prevalecer a visão de mundo que derivou de uma cultura autoritária promovida
pela Ditadura Militar. Se a própria ONU – Organização das Nações Unidas
recomenda a desmilitarização da Polícia Militar, em cujo regime ainda se
cometem muitos atos não republicanos em nome da hierarquia, não se pode pretender
transformar a Polícia Civil em um espaço no qual se aplique o autoritarismo.
O
Governo do Estado de Pernambuco não pode fazer uma opção pela contramão da
história. Não se pode admitir que a partir de agora as pessoas sejam punidas
por manifestarem suas opiniões, nem pode a Polícia Civil temer a “voz das ruas”,
manifestação da democracia participativa.
A
categoria dos Policiais Civis não irá se calar diante de perseguições e
ameaças, pois permanecerá firme dentro dos seus propósitos, de forma
democrática e republicana.
O
receio evidente de que o Movimento pela Mudança seja vitorioso nas urnas no
SINPOL tem levado ao desespero não somente a diretoria do SINPOL, mas também
alguns gestores de plantão.
A
categoria está alerta para o que está em jogo e irá rechaçar tais atitudes
antidemocráticas. A resposta virá nas urnas do SINPOL, com a vitória do Movimento
pela Mudança que irá renovar a direção do Sindicato, elegendo Aureo Cisneiros
presidente juntamente com os demais companheiros, para que possamos encaminhar
as mais sentidas reivindicações da categoria.
- Democracia
na Polícia Civil;
- Gratificação
de 225% para todos;
- Por
um salário digno e por condições de trabalho;
- Pela
reformulação do PCCV;
- Por
um SINPOL transparente, democrático e de luta;
- Por
um Departamento Jurídico forte para combater as arbitrariedades contra os
Policiais Civis.
Recife, 10 de julho de 2014
Movimento
pela Mudança
ASSINE ESTE
DOCUMENTO ATRAVÉS DA PETIÇÃO PÚBLICA NO http://www.peticaopublica.com.br/pview.aspx?pi=perseguicao
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