É a hora dos Policiais de Pernambuco exigirem seus direitos
O Movimento pela Mudança tem alertado que as condições de salário e condições de trabalho dos policiais em Pernambuco têm piorado a cada ano. Apesar da campanha midiática do governo Eduardo Campos, a categoria está recebendo baixos salários e assumindo riscos cada vez maiores para fazer os índices do pacto pela vida. A insatisfação da categoria tem aumentado cada vez mais.
Essa não é uma realidade só de Pernambuco, mas de todo o Brasil. Nada é feito com relação à PEC 300 e, dia após dia, vemos os policiais em vários estados lutando pela melhoria das suas condições de vida.
Seguindo o exemplo dos bombeiros do Rio de Janeiro, dos policiais do Rio Grande do Norte, do Ceará e Maranhão que se mobilizaram no ano de 2011, agora os policiais da Bahia entraram em greve para exigir do governo que atenda às suas reivindicações.
Ao invés de negociar com os policiais, os governos preferem criminalizar esses movimentos, intimidando as lideranças através de ameaças de prisão dos grevistas. Ninguém pode concordar com policiais empunhando armas na manifestação, mas, a postura de tentar criminalizar o movimento dos policiais é um retrocesso, à época da ditadura militar.
A postura do Ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso (do PT) com o apoio de Jacques Wagner e da presidente Dilma, ao declarar que disponibilizou presídio de segurança máxima para prender os policiais grevistas, deixa claro que está em curso um processo de criminalização dos movimentos sociais, semelhante ao que era feito pela ditadura.
A violência contra os movimentos sociais também ocorreram recentemente na ocupação de Pinheirinho em SP e também na violência contra as manifestações dos estudantes por Eduardo Campos em Pernambuco.
O governo Dilma, que cortou 60 bilhões de reais do orçamento das áreas sociais, agora quer que a polícia e os trabalhadores de um modo geral se contentem com as migalhas. Enquanto continua a beneficiar os banqueiros, o agronegócio e as multinacionais, ela reprime as reivindicações do povo.
Em breve os Policiais Civis de Pernambuco iniciarão sua campanha salarial solicitando do governo a revisão do acordo de 2011. O Movimento pela Mudança está colhendo assinaturas para que o SINPOL convoque uma assembleia em março.
A categoria não irá se contentar com migalhas, os policiais querem dignidade. Esperamos que não se repita no nosso estado a violência que está ocorrendo pelo Brasil a fora pelos governos de plantão.
MOVIMENTO PELA MUDANÇA NA LUTA PELA VALORIZAÇÃO DOS POLICIAIS CIVIS!
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Caros colegas PC's, tenho acompanhado os movimentos de greve da PM e acho que tende a aumentar cada vez mais no país inteiro. No nosso caso, dificilmente saímos de uma greve vitoriosos. Acho que devemos repensar nossa postura. Pensem bem: antes de qualquer movimento reivindicatório precisamos trazer a sociedade para o nosso lado através de um processo de conscientização. As pessoas já estão cansadas de tantas greves inesperadas e não querem saber se nós ganhamos misérias. Ou seja, entramos em greve e no outro dia ela já é ilegal. Aí a opinião pública nos esmaga. Some-se o fato de que muitos colegas não aderem ao movimento, o que fragiliza os dirigentes e a própria greve. Acho que devemos repensar a forma de protestar por melhores salários. Deveríamos começar sensibilizando os senhores Delegados de que nosso trabalho nas delegacias representa quase 100% do trabalho deles, em que pesem a confecção dos IPs e todo o trabalho investigativo, e que não é justo em alguns estados haver uma diferença de quase 500% do salário de um Delegado para o de um Agente ou Escrivão. Precisamos do apoio e compreensão deles para nos ajudar a diminuir essa diferença. Muitos estados lutam por um percentual de 60% do salário de Delegado. Eu acho mais do que justo. Não vejo como dar certo a PEC 300 pelo fato de que o governo federal não vai bancar essa conta e tem estados, principalmente do Nordeste, em que a arrecadação não seria suficiente para pagar um salário no nível de Brasília. Acho que é utopia pensar assim. Penso que devemos trilhar um caminho diferente daqueles dos colegas de outros estados, porque já existe uma contra-medida pronta para os casos de greve. Penso que devemos começar o movimento reivindicatório dentro de nossa casa e simultaneamente inundar a sociedade com panfletagem sobre quem somos, qual a nossa origem, o que fazemos e o tamanho da nossa responsabilidade, suscitar debates em programas de rádios, para que a sociedade julgue se merecemos ou não reajustes salariais dignos. Se for o caso até uma pesquisa de opinião nos calçaria para iniciar o processo de negociação com o governo. A partir daí amigos, se houver intransigência, podemos radicalizar sem medo de desaprovação. É minha humilde opinião.
ResponderExcluirDário Sacramento
Só pra constar: Me desfiliei do SINPOL há muito tempo por não acreditar mais na falácia dos seus dirigentes. Eles levantam uma bandeira, e com certeza não é a nossa.
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